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Pessimismo diminui na indústria da construção, apura o FGV Ibre

Empresários e executivos da construção revelaram-se um pouco menos pessimistas em julho. O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 1,3 ponto neste mês, para 95,2 pontos, após dois meses em queda. Em médias móveis trimestrais, o índice variou -0,1 ponto.

Os dados são da Sondagem da Construção do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). A pontuação vai de 0 a 200, denotando otimismo a partir de 100. As informações foram coletadas junto a 605 empresas, entre 3 e 24 de julho.

Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, a confiança do setor da construção tem oscilado entre altos e baixos ao longo do ano, sem recuperar o patamar de neutralidade (100 pontos). Em julho prevaleceu o sentimento de melhora, refletindo a alta dos dois componentes do ICST: o Índice de Situação Atual (ISA-CST) e o Índice de Expectativas (IE-CST).

“Vale destacar a recuperação do indicador de demanda futura, que registrou o melhor resultado desde outubro do ano passado. Com o maior otimismo em relação à demanda, elevaram-se também as assinalações de aumento do quadro de pessoal nos próximos meses, o que pode sustentar o mercado de trabalho aquecido no setor”, afirma Ana Castelo.

O Índice de Situação Atual subiu 1,5 ponto, para 94 pontos; e o Índice de Expectativas avançou 1,4 ponto, para 96,7 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (103,2 pontos) e empatado com abril deste ano.

Contribuíram para o avanço do ISA-CST os dois indicadores que o compõem. O indicador de situação atual dos negócios avançou 1,7 ponto, para 92,7 pontos, e o indicador de volume de carteira de contratos subiu 1 ponto, para 95,2 pontos.

Do lado das expectativas, apenas o indicador da demanda futura contribuiu para o crescimento do IE-CST, ao avançar 3,6 pontos, para 100,1 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (102,8 pontos).

Já o indicador de tendência dos negócios para os seis meses seguintes recuou 0,9 ponto, para 93,2 pontos.

Crédito

Entre os fatores que têm dificultado a melhora continuada da confiança ao longo do ano está o acesso ao crédito, que ficou mais caro e difícil para a maioria das empresas: em julho, 31,4% mencionaram dificuldade no acesso ao financiamento, enquanto apenas 9,9% indicaram facilidade.

“A provável redução da Selic traz a perspectiva de alívio do quadro,” comenta Ana Castelo.

Utilização da capacidade

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção retraiu 0,7 ponto percentual (p.p.), para 79,5%.

O Nuci de Mão de Obra também caiu 0,7 p.p., para 80,6%, e o Nuci de Máquinas e Equipamentos cedeu 1,4 p.p., para 74,7%.

Matéria publicada no Sinduscon-SP

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